31 de janeiro de 2010

ex?!??!?......lembranças

como é difícl se desapegar.......

Loja chinesa cobra para guardar lembranças de amores passados

Empresa que funciona há menos de um mês se oferece para guardar os presentes e cartas de amor de ex-namorados e amantes; o usuário paga mensalmente pelo serviço
O "banco do amor" de Pequim: loja para guardar lembranças e cartas de amor após o fim do namoro vira negócio lucrativo, diz Yelong Gong, o dono da ideia.
As lembranças de amores passados costumam ficar abandonadas pela casa até que um dia são jogadas no lixo. Na China, não mais: um empreendedor decidiu abrir uma empresa especializada em guardar presentes de ex-namorados.
Batizada de "The Dinosaur's Love Bank", a loja situada num parque em Pequim funciona como um depósito para guardar os presentes de amores passados – uma boa saída para quem tem dificuldade em dar adeus ao passado, mas ao mesmo tempo não quer magoar atuais ou futuros namorados.
O depósito é o primeiro do tipo na China e, segundo seu dono, Gong Yelong, está se mostrando um negócio com muito futuro – ou pelo menos, com um futuro mais promissor que os relacionamentos de seus clientes. Ali se encontram canecas, brinquedos, livros e até carteiras. Os clientes mandam as lembranças pelo correio ou as levam pessoalmente.
A maioria dos clientes é formada por mulheres com menos de 30 anos, que saíram de relacionamentos. Cada cliente assina um contrato por um período de tempo específico que pode variar de um mês a 30 anos. A maioria dos adeptos contratam o serviço por um ano, para ter tempo de pensar no que fazer com o cacarecos depois.
“Eu tive a ideia de abrir esta loja depois que o meu amigo, que estava para se casar, me contou da enorme dificuldade para se livrar dos presentes da ex-namorada”, contou Gong ao jornal “Metro”. “Ele não queria jogá-los fora e me pediu para guardá-los”.
Fazendo uma pesquisa junto a amigos e conhecidos, ele descobriu que 80% enfrentavam o mesmo problema. “É um negócio com muito potencial”, garante.
Claro que antes de fechar negócio, Gong acaba ouvindo muitas histórias. Junto a alguns objetos é possível ler frases como "Ela me largou, levou tudo que tinha na casa e só me deixou esta esteira para dormir” e “Este é um presente de Natal que Xiaoxue me deu em 2003. Ela se casou, mas não sou eu o noivo”, ou ainda, “Ela me largou porque achava que eu passava muito tempo jogando videogame no computador. Aqui estão todos os meus jogos. Parei com isso, mas ela disse que não vai voltar”.
Gong cobra 10 yuanes ao mês, o equivalente a R$ 2,75, para manter brinquedos, fotos e documentos. Mas são as cartas de amor que mais chegam a suas mãos. As mulheres hesitam em queimá-las, mas ao mesmo manifestam preocupação, como Li Wanting, uma chinesa de 30 anos. “E se elas se perderem ou se alguém começar a ler as minhas cartas?”
“Sei que é preciso tempo para que meus clientes possam confiar mais nos meus serviços”, admite o empreendedor Yelong Gong. Ele acredita, por exemplo, que em breve a loja será procurada por mulheres que querem guardar joias e outros objetos de valor que ganharam dos ex.
Entre as lembranças guardadas está uma cobra de brinquedo com um bilhete. “O seu amor me aperta tão forte que eu não consigo respirar; se você me ama mesmo, me dê um pouco de espaço”. No final, o rapaz acabou desmanchando o namoro com a menina. “Cada objeto tem sua história e meu negócio é mantê-los aqui".

Revista Época (janeiro 2010)

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